Quarta-feira é dia de Audiência Geral. A Praça S. Pedro estava lotada
de peregrinos em festa, cerca de 80 mil, para este encontro semanal com o Papa
Francisco.
Depois de fazer o giro de papamóvel, saudando calorosamente os
fiéis na Praça, o Pontífice deu sequência às suas catequeses dedicadas ao Credo,
comentando a afirmação “Jesus subiu aos Céus, onde está sentado à direita do
Pai”.
A vida terrena de Jesus culmina na sua Ascensão, afirmou Francisco,
explicando o significado deste fato. Ao entrar na glória de Deus, passando pela
Cruz, Jesus nos ensina que a nossa vida cristã exige a fidelidade cotidiana à
sua vontade, mesmo quando isso requer sacrifícios e mudanças em nossos planos.
“Não tenhamos medo de nos dirigir ao Senhor e pedir perdão, bênçãos e
misericórdia. Ele nos perdoa sempre. Deus é o nosso advogado. Ele nos defende
sempre! Não se esqueçam disso.”
Na narração que São Lucas faz do
acontecimento, dois elementos chamam a atenção: enquanto era elevado, Jesus
abençoava os discípulos que se prostraram diante dele; em seguida, estes
voltaram para Jerusalém cheios de alegria.
No primeiro caso, o gesto de
abençoar significa que Jesus é o único e eterno Sacerdote; que, sendo Deus e
homem verdadeiro, conduziu a nossa humanidade para junto de Deus.
O
segundo elemento, ou seja, a alegria dos discípulos, nos ensina que eles sabiam
– e nós também o sabemos pela fé - que o Senhor, apesar de aparentemente ter-se
separado, permanece sempre com os seus discípulos, não os abandona e na glória
do Pai os sustenta, guia e intercede por eles.
Por isso, ao professar no
Credo que Jesus “subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai”, estamos
afirmando que Jesus continua no nosso meio, mas de um modo novo. Cristo, junto
do Pai, transcende o espaço e o tempo, e por isso pode estar junto de cada um de
nós.
“Queridos irmãos e irmãs, a Ascensão não indica a ausência de Jesus.
Na nossa vida, jamais estamos sozinhos: o Senhor crucificado e ressuscitado nos
guia; conosco, há tantos irmãos e irmãs que, no silêncio e na intimidade, em sua
vida familiar e profissional, em seus problemas e dificuldades, em suas alegrias
e esperanças, vivem cotidianamente a fé e levam ao mundo a primazia do amor de
Deus.”
Após a catequese, com exceção do espanhol, Francisco saudou em
italiano os grupos oriundos de várias partes do mundo.
Dirigindo-se aos
peregrinos de língua portuguesa, saudou de modo especial os grupos vindos de
Brasília, Uberlândia e São Paulo.
Fonte: Radio vaticana - http://pt.radiovaticana.va/news/2013/04/17/audiência:_jamais_estamos_sós._deus_nos_defende_sempre!/bra-683618
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