“O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar.” (CIC - Catecismo da Igreja Católica).
Bento
XVI em uma de suas citações observou que o homem moderno vive uma crise de
identidade. E isso se comprova quando observamos os consultórios de psicanálise
lotados. As pessoas já não lembram de onde vieram e pra onde vão, simplesmente
porque esqueceram-se do amor infinito com que o Pai nos amou. E seguindo nesta
escuridão o ser humano acaba por não realizar a vontade de Deus.
O ser humano foi criado pra Deus é para Ele
que devemos ir. “Pois se o homem existe,
é porque Deus o criou por amor e, por amor, não cessa de dar-lhe o ser, e o
homem só vive plenamente, segundo a verdade, se reconhecer livremente este amor
e se entregar ao seu Criador (CIC - 27).
Deus nos deu o nosso “ser”, somos a sua
imagem (Gn 1,26), somos livre fomos criados para viver, construir, casar,
procriar. Somos convidados a construir o mundo, a terminar a obra que o Senhor
começou, mas temos que fazer tudo “em Deus” nos preservando do mau, pois somos
sagrados, fomos criados pelas mãos do altíssimo e somos templo do seu Espírito.
Somos chamados a uma vocação Santa.
“Ensinai-me a
fazer vossa vontade!” (Sl 118). Como bem expressa esse salmo temos que pedir
todos os dias ao Senhor que possamos abrir os olhos para o seu amor. Nunca
vamos alcançar a felicidade se não for sob na graça do Pai! E para isso devemos
mais do que nunca professar a nossa fé em nossa vocação, crer em Deus, crer em
Jesus que morreu por nós e ressuscitou vencendo a morte, por Ele, ela não nos
atinge. Por ele fomos salvos e retirados dos abismos do pecado, fomos libertos e
deixamos para trás o homem velho.
O
mundo nos dá uma realidade diferente e assim acabamos nos esquecendo de Deus, e
vamos perdendo a nossa identidade.
“Estou ciente de que o bem não habita em mim, isto é, na minha carne.
Pois eu tenho capacidade de querer o bem, mas não de realizá-lo. Com efeito, não faço o bem
que quero, mas faço o mal que não quero” (Rm 7,18-19).
A
quem iremos se não a Jesus! Só ele pode nos purificar do mau que habita em nós,
que nos afasta da graça de Deus, de nossa verdadeira identidade. Ele nos
conhece e nos sonda, sabe das nossas necessidades. Nas horas de conflito é a
ele que devemos recorrer, mesmo que a oração seja fraca sem ânimo, mas mesmo
assim, não podemos deixar de pedir, suplicar o seu perdão.
A
partir da fé enxergamos os sinais que nos levam a Deus, assim como observamos e
conhecemos a natureza, seguimos a sua direção atingindo então o máximo da nossa
felicidade e o bom cumprimento da nossa vocação.
“Vós sabeis interpretar o
aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis interpretar o tempo presente?”
(Lc 12, 56).
Consciente
ou inconsciente estamos caminhando para Deus. “O desejo de Deus está inscrito
no coração do homem”, somos chamados, o nosso desejo de felicidade é também
desejo de ter Deus. O homem veio do barro moldado pelas mãos do seu criador, e
a ele voltará. Mas com a condição de vencedor mediante a fé em Jesus Cristo.
Ainda
que sob a fraqueza dos males que me atingem, eu tenho certeza da minha vocação.
E você
meu irmão? ...
João
Paulo Ribeiro, Comunidade Viva Chama – "Mais Forte Que a Morte!"
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