Quinto Mandamento:
“Não matarás” (Ex
20,13). Jesus disse no Sermão da Montanha: “Ouvistes o que foi dito aos
antigos: “Não matarás. Aquele que matar terá de responder ao tribunal”. Eu,
porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão terá de
responder no tribunal (Mt 5,21-22).
Portanto, o quinto
Mandamento não proíbe apenas “não matar”, mas todo ato ou pensamento que possa
ferir o outro física ou moralmente. Assim, a calúnia, a difamação, a
perseguição, a exploração da pessoa em qualquer forma, a vingança, o ódio,
etc., são pecados contra o Mandamento.A Igreja ensina que toda vida
humana, desde o momento da concepção até a morte, é sagrada, porque a pessoa
humana foi querida por si mesma à imagem e à semelhança do Deus vivo e santo.
Por isso não se admite o aborto, a eutanásia e o assassinato; são graves
ofensas a Deus. A Igreja condena com pena canônica de excomunhão o crime do
aborto; os que o praticarem e os que o promoverem. O embrião humano deve ser
tratado como uma pessoa desde a sua concepção, e deve ser defendido em sua
integridade, cuidado e curado como qualquer outro ser humano. Por isso, a
Igreja não aceita a manipulação dos embriões e o desenvolvimento de células
tronco embrionárias para fins terapêuticos, porque neste processo se destrói os
embriões, que já são vidas humanas. Também a inseminação artificial é proibida
pela Igreja, que entende que somente o casal pode gerar os filhos no ato
conjugal do seu amor.
A proibição de
matar não anula o direito de tirar a um opressor injusto a possibilidade de
fazer o mal aos outros. A legítima defesa é um dever grave para quem é
responsável pela vida alheia ou pelo bem comum.
A eutanásia voluntária,
sejam quais forem as formas e os motivos, constitui um assassinato. É
gravemente contrária à dignidade da pessoa humana e ao respeito do Deus vivo,
seu Criador. A pessoa humana tem o direito de morrer quando Deus desejar.
O suicídio é
gravemente contrario a lei de Deus, mas o suicida pode ter sua culpa diminuída
por razões psicológicas (medo, depressão, etc.). A Igreja pede que se reze por
eles e ninguém deve desanimar de sua salvação.
O escândalo é
também pecado contra o quinto Mandamento; pois constitui uma falta grave
quando, por ação ou por omissão, leva intencionalmente o outro a pecar
gravemente.
Também a guerra ofende
ao quinto Mandamento pelos males e injustiças que acarreta; devemos fazer tudo
o que for razoavelmente possível para evitá-la. A Igreja ora: “Da fome, da
peste e da guerra livrai-nos, Senhor”. As práticas deliberadamente contrárias
ao direito dos povos e a seus princípios universais constituem crimes.
A Igreja condena
também a corrida armamentista, extremamente grave e prejudicial.
“Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus”
(Mt 5,9).
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