Angelus
Nas
palavras dirigidas este domingo aos fiéis do mundo inteiro e especialmente aos
que se reuniram com ele em Castel Gandolfo para a oração mariana do Angelus, ao
meio dia, Bento XVI retomou as meditações que tem vindo a fazer sobre “o pão da
vida”, ou seja o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes. O Papa
deteve-se sobre a reacção dos discípulos às palavras de Jesus na sinagoga de
Cafarnaum, reacção provocada por Ele próprio. Uma reacção que mostra que os
discípulos não compreenderam o significado das palavras de Jesus que dizia “Eu
sou o pão da vida, descido dos Céus e quem comer da minha carne e beber do meu
sangue viverá eternamente”. Mas não compreenderam porquê?
“Esta revelação permanecia para eles incompreensível, porque a
entendiam em sentido material, enquanto que aquelas palavras preanunciavam o
mistério pascal de Jesus, em que Ele teria dado si próprio para a salvação do
mundo”.
Então,
vendo que muitos discípulos o abandonavam, Jesus perguntou aos apóstolos se
também eles o queriam abandonar.
Como
sempre, Pedro tomou a palavra em nome de todos e disse: “Senhor para quem
havemos de ir. Tu tens palavras de vida eterna e nós acreditamos e sabemos que
tu és o Santo de Deus”. Mas atenção, não diz sabemos e acreditamos, mas sim
acreditamos e sabemos – disse o Papa recorrendo aos comentários de Santo
Agostinho a esta passagem do Evangelho de São João, dizendo:
“Acreditamos para poder saber: Se com efeito, tivéssemos procurado saber antes de acreditar, não teríamos conseguido nem conhecer, nem acreditar. O que acreditamos e o que soubemos? Que tu és Cristo Filho de Deus, isto é que tu és a vida eterna e através da tua carne e do teu sangue nos dás aquilo que tu próprio és.”
“Acreditamos para poder saber: Se com efeito, tivéssemos procurado saber antes de acreditar, não teríamos conseguido nem conhecer, nem acreditar. O que acreditamos e o que soubemos? Que tu és Cristo Filho de Deus, isto é que tu és a vida eterna e através da tua carne e do teu sangue nos dás aquilo que tu próprio és.”
O Papa
salientou também que entre os doze apóstolos havia um que não acreditava:
Judas. Ele podia ter abandonado Jesus como fizeram os outros discípulos, mas
não o fez. Ficou.
“Ficou não por fé, não por amor, mas pela secreta intenção de vingar-se do Mestre”.
Mas porquê? Porque enquanto zelota Judas esperava num messias capaz de guiar a rebelião contra os romanos e Jesus que não tinha vindo para isso desiludiu-o e ele queria, então, vingar-se dele. A sua culpa foi mais grave da dos outros – disse o Papa: a culpa de falsidade que é uma marca do diabo…
“Ficou não por fé, não por amor, mas pela secreta intenção de vingar-se do Mestre”.
Mas porquê? Porque enquanto zelota Judas esperava num messias capaz de guiar a rebelião contra os romanos e Jesus que não tinha vindo para isso desiludiu-o e ele queria, então, vingar-se dele. A sua culpa foi mais grave da dos outros – disse o Papa: a culpa de falsidade que é uma marca do diabo…
“Por isso Jesus disse aos doze: um de vós é um diabo”…
Bento
XVI concluiu rezando a Nossa Senhora para que (tal como São Pedro acreditou)
nos ajude a acreditar em Jesus e a ser sempre sinceros com Ele e com
todos. ***Depois da oração mariana do Angelus, Bento XVI saudou os fiéis em
várias línguas, tendo muitos dos grupos reagido com cânticos e palmas. Em
italiano enalteceu, entre outras, a presença de Religiosas do Santo Rosto,
desejando-lhes um feliz capítulo geral, e a dum grupo de religiosos salesianos
que celebram 50 anos de profissão perpétua, entre os quais o pároco de Castelo
Gandolfo, onde o Papa continua a estar neste período de Verão.
Comentários
Postar um comentário