“Amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês.” João 15,12-17




Eis o mandamento que Jesus deixou.  “Amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês.” João 15,12-17.


Jesus continuou amando o seu amigo Judas mesmo sabendo que ele ia o trair. No nosso dia a dia não é diferente, vivemos rodeados de pessoas “amigos” que tem a sua personalidade, o seu caráter e o modo de se expressar diferente do nosso. E por conta disso iremos nos magoar com algumas pessoas, com algumas palavras e até mesmo em algumas situações.
É uma prova de fogo!
Não é fácil perdoar por nossas próprias força a quem nos magoou. Necessitamos da graça e da ajuda de Deus.
Pedras no caminho terão sempre, só precisamos lapidá-las para mais adiante construirmos um castelo.
Foi na cruz que Jesus nos deu a maior prova de amor. Perdoando os seus inimigos “Pai perdoa-lhes eles não sabem o que fazem”.
Amar um amigo é fácil. Difícil é amar aquele que muitas vezes entra em conflitos com agente, e então ficamos tão cegos de raiva que não enxergamos que esses conflitos são tarefas que nos leva para o amor, para santidade.
E nessa leitura (João 15,12-17) Jesus vem nos chamar de amigo. Ele não quer que sejamos servos, mas sim seu amigo. O servo trabalha em função do salário e não tem vinculo nenhum com o seu senhor, já o amigo é comprometido com o outro. Assim quando Jesus nos chama de amigo, ele quer dizer que está comprometido conosco.
Conta se que durante a era glacial muitos animais morriam por conta do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos. Assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor. Por isso, decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados. Precisavam fazer uma escolha: ou aceitavam os espinhos dos companheiros ou desapareciam da terra. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. E assim sobreviveram.
A moral da história é que o melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele no qual cada um aprende a conviver com os defeitos do outro e admirar suas qualidades.
Peçamos a Deus que nos dê o dom do amor e do perdão para que possamos ser verdadeiras testemunhas de Cristo.
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.

Cicera de Matos, Comunidade Viva Chama.

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