Neste domingo de um sol já típico do Verão, que daqui a
poucos dias substitui no calendário à Primavera, foram numerosos os fiéis que
se reuniram na Praça de São Pedro para rezar com o Santo Padre a oração Mariana
do Regina Coeli e ouvir as suas palavras.
Partindo da liturgia deste domingo, Bento XVI deteve-se sobre duas
breves parábolas de Jesus baseadas na semente. A primeira, disse o Papa, põe a
tónica no dinamismo da sementeira. O que anima o camponês no seu trabalho
agrícola é a confiança de que a força da semente e a fertilidade do terreno
levará o seu trabalho a dar frutos. Esta parábola, prosseguiu Bento XVI -
reconduz ao mistério da criação e da redenção, da obra fecunda de Deus na
História. É Ele o Senhor do mundo. O homem é apenas um seu colaborador. A
colheita lembra a intervenção conclusiva de Deus no final dos tempos, quando
realizará plenamente o seu Reino.
Tudo isto para dizer – recordou ainda o Papa – que o cristão sabe que
deve fazer tudo o que pode, mas que o resultado final depende de Deus. E
citando Santo Inácio o Papa disse:
“Age como se tudo dependesse de ti, mas sabendo que na
realidade tudo depende de Deus”
A segunda parábola referida pelo Papa é a relativa ao grão de mostarda, considerado a mais pequena de todas as sementes, mas cheio de vida, capaz de crescer até se tornar a maior de todas as plantas do jardim, como narra o evangelista Marcos. A sua fraqueza é a sua força, o morrer a sua potencia. Assim também é o Reino de Deus que se manifesta através dos mais pequenos, dos insignificantes. Jesus – disse o Papa – usa muito a parábola da semente porque exprime bem o mistério do Reino de Deus: as duas parábolas de hoje exprimem bem os símbolos do “crescimento” ínsito no dinamismo da semente, e o “contraste” entre a pequenez da semente e aquilo que, no entanto, pode produzir. A mensagem é clara:
A segunda parábola referida pelo Papa é a relativa ao grão de mostarda, considerado a mais pequena de todas as sementes, mas cheio de vida, capaz de crescer até se tornar a maior de todas as plantas do jardim, como narra o evangelista Marcos. A sua fraqueza é a sua força, o morrer a sua potencia. Assim também é o Reino de Deus que se manifesta através dos mais pequenos, dos insignificantes. Jesus – disse o Papa – usa muito a parábola da semente porque exprime bem o mistério do Reino de Deus: as duas parábolas de hoje exprimem bem os símbolos do “crescimento” ínsito no dinamismo da semente, e o “contraste” entre a pequenez da semente e aquilo que, no entanto, pode produzir. A mensagem é clara:
“O Reino de Deus, embora exija a nossa colaboração, é
antes de mais dom do Senhor, graça que precede o homem e a sua obra. A nossa
pequena força, aparentemente impotente perante os problemas do mundo, se posta
na força de Deus não teme obstáculos, porque certa é a vitória do Senhor. É o
milagre do amor de Deus, que faz germinar e faz crescer todo o bem disperso
pelo mundo. E a experiência deste milagre de amor permite-nos ser optimistas, não
obstante as dificuldades, os sofrimentos, os males que encontramos. A semente
germina e cresce, porque o amor de Deus o faz crescer”.
A Virgem Maria, que soube acolher como “terreno fértil” a semente da Palavra divina, reforce em nós esta fé e esta esperança.
A Virgem Maria, que soube acolher como “terreno fértil” a semente da Palavra divina, reforce em nós esta fé e esta esperança.
Depois da oração mariana do Regina Coeli, o Papa
recordou que ocorre no próximo dia 20 deste mês o Dia Mundial dos Refugiados,
promovida pela ONU para chamar atenção da comunidade internacional sobre as
condições de tantas pessoas, sobretudo famílias, obrigadas a fugir das próprias
terras, porque ameaçadas pelo conflitos armados e por graves formas de
violência.
O Papa assegurou a sua oração e a constante solicitude
da Santa Sé para com esses irmão e irmãs tão provados e exprimiu o desejo de
que os seus direitos sejam sempre respeitados e que possam, sem demora,
reunir-se com os seus entes queridos.
Bento XVI referiu-se depois à Irlanda, onde haverá esta
tarde a celebração conclusiva do Congresso Eucarístico Internacional que –
disse – ao longo duma semana fez de Dublin a cidade da Eucaristia, onde muitas
pessoas se reuniram em oração na presença de Cristo no Sacramento do altar.
Pelo mistério da Eucarística, Jesus quis permanecer connosco, para entrarmos em
comunhão com Ele e entre nós. Confiemos a Maria Santíssima os frutos
amadurecidos nestes dias de reflexão e de oração.
Por fim, o Papa recordou, com alegria, que esta tarde
em Nepi, na Diocese de Civita Catellana, perto de Roma, é proclamada beata a
irmã Cecília Eusepi, falecida em 1928 com apenas 18 anos de idade, devida a
doença que a impediu de ser religiosa como queria, mas que soube viver com uma
fé inabalável e sacrifício as suas provações pela salvação das almas. Nos
últimos dias da sua vida repetia constantemente: “é belo morrer por Jesus, que
morreu por nós”. Ela estava já no convento das terciárias da ordem dos servos
de Maria. O Papa será representado nesse rito de beatificação pelo Cardeal
Ângelo Amato, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.
Fonte: radio vaticano - http://www.radiovaticana.org/por/Articolo.asp?c=597369
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