Bento XVI, o sucessor de Pedro, nas ultimas catequeses vem nos revelando os caminhos da oração. Na audiência desta quarta, o santo Padre nos convida á refletir um pouco sobre a bondade de Deus que sempre, desde o Egito até os dias de hoje, guia o seu povo nos desertos da vida.
“Hoje, gostaria de meditar convosco um Salmo que resume toda a história de que o Antigo Testamento nos dá testemunho. Trata-se de um grande hino de louvor, que celebra o Senhor nas múltiplas e repetidas manifestações da sua bondade ao longo da história dos homens; é o Salmo 136 – ou 135, segundo a tradição greco-latina.”(Bento XVI).
Com louvor Israel canta ao senhor reconhecendo a sua bondade por toda a sua caminhada rumo á terra prometida, e hoje as luzes do novo testamento através desta reflexão o Papa nos convida a caminhar rumo a nossa pátria prometida, a salvação, lembrando das maravilhas que o Senhor faz por nós. "Porque o seu amor é para sempre"(Antifona).
“Solene oração de ação de graças, conhecida como o ‘Grande Hallel’, este Salmo é cantado tradicionalmente no final da ceia pascal judaica e foi, provavelmente, também rezado por Jesus na última Páscoa celebrada com seus discípulos; a isso, parece de fato aludir á anotação dos Evangelistas: "Depois de terem cantado o hino, foram para o Monte das Oliveiras" (Mt 26, 30; Mc 14, 26). O horizonte do louvor ilumina, assim, o difícil caminho para o Gólgota”(Bento XVI).
Com esta oração Deus nos revela toda sua bondade construindo o céu e a terra, nos presenteando com o sol a lua e as estrelas, tudo feito para nós. E para relembrarmos todas as coisas boas que Ele realizou em nossas vidas deixou o grande testemunho de Israel, que vagando pelo deserto descobriu a sua fé. Que diante de saltos e tropeços descobre o coração misericordioso de Deus que insiste em ter compaixão dos seus filhos, suas criaturas, moldadas pelas suas próprias mãos.
"Conduziu seu povo no deserto, porque o seu amor é para sempre" (Sl 136, 16).
São anos difíceis, marcados pela dureza da vida no deserto, mas também anos felizes, de confiança no Senhor, de confiança filial; é o tempo da "juventude" (Bento XVI).
E Deus se mostra misericordioso até hoje em seu sublime ato de amor doando seu filho único que assim como o Pai, adotou a todos nós no seu imenso coração, aponto de servir de expiação para nossos pecados.
“A estrutura fundamental desta oração é que Israel recorda-se da bondade do Senhor. Nessa história, há muitos vales escuros, há muitas passagens de dificuldade e morte, mas Israel recorda-se de que Deus era bom e, então, consegue sobreviver neste vale escuro, neste vale da morte, porque se recorda do Senhor” (Bento XVI).
É importante fazer sempre memória das coisas boas que Deus opera em nossas vidas, assim nos enchemos de esperança o que aumenta a nossa fé.
O Senhor – assim diz – "dá alimento a toda a carne, porque o seu amor é para sempre" (v. 25).
“A oração do Salmo conclui-se com um convite ao louvor: ‘Dai graças ao Deus dos céus, porque o seu amor é para sempre’. O Senhor é Pai bom e providente, que dá herança aos seus filhos e dá a todos o alimento para viver. E assim esse pão de cada dia simboliza e sintetiza o amor de Deus como Pai, e abre-nos para o cumprimento do Novo Testamento, aquele "pão da vida", a Eucaristia, que nos acompanha na nossa existência de crentes, antecipando a alegria definitiva do banquete messiânico no céu.”(Bento XVI).
Com esses ensinamentos, o nosso pastor nos guia sob a luz do amor que Deus tem por cada um de nós. Através das nossas orações devemos lembrar e dar graças a Ele “o altíssimo” mesmo nos momentos difíceis, "Porque o seu amor é para sempre".
"Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato" (I Jo 3, 1).
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