Catequese do Papa: abertos à esperança e firmes na fé


Na ultima audiência geral, sempre realizada as quartas feiras, o Santo padre nos convida a refletir o salmo 126.
“O Salmo 126 celebra as grandes coisas que o Senhor operou a favor do povo de Israel, e mais concretamente a sua libertação do cativeiro de Babilónia e o regresso a Sião. Trata-se duma experiência tão bela que lhes «parecia viver um sonho». As intervenções do Senhor tomam, por vezes, formas inesperadas e proporções tão grandiosas que ultrapassam quanto podemos imaginar, suscitando o júbilo e a admiração: «Grandes coisas fez por nós o Senhor»!” (Bento XVI).
Firmes na oração e na contemplação do Senhor, vivemos nossa vocação. Muitas vezes enfrentamos uma escuridão e nos questionamos se o senhor está realmente conosco, são nessas horas que devemos lembrar das maravilhas que o Deus tem feito em nossas vidas.
“Maravilhas o Senhor fez por nós” (Salmo 126,2).
Deus faz maravilhas na história dos homens. Realizando a salvação, revela-se a todos como Senhor potente e misericordioso, refúgio do oprimido, que não se esquece do lamento dos pobres (cf. Sl 9,10.13).
Na nossa oração, devemos considerar mais frequentemente como, nos acontecimentos da nossa vida, que o Senhor nos protegeu, guiou, ajudou e, assim, devemos louvá-lo por tudo o que fez por nós. Devemos estar atentos às coisas que Deus nos dá. Estamos sempre pendentes dos problemas, das dificuldades e quase não queremos perceber as coisas boas que vêm do Senhor. Esta atenção, que se converte em gratidão, é muito importante para nós e nos cria uma lembrança do bem que nos ajuda também nas horas de escuridão. (Bento XVI).
É preciso celebrar a vitória mesmo que ela ainda não esteja concretizada, louvando e bendizendo a Deus. A vocação do cristão é viver em cristo com as dificuldades e sofrimentos do dia a dia. Nos fortalecendo nas bênçãos já alcançadas, devemos caminhar em meio ao calvário com lágrimas e sangue no rosto, sofrendo sim, mas com uma esperança viva e firmes na oração sustentando assim a nossa cruz.
Quem semeia entre lágrimas colherá com alegria.
Quando vai, vai chorando, levando a semente para plantar;
mas quando volta, volta alegre, trazendo seus feixes.”(vv. 4-6)

Este salmo nos ensina que, na nossa oração, devemos permanecer sempre abertos à esperança e firmes na fé em Deus. Nossa história, ainda que marcada muitas vezes pela dor, pelas inseguranças e momentos de crise, é uma história de salvação e de “restabelecimento do destino”. Em Jesus termina o nosso exílio, toda lágrima se enxuga no mistério da sua Cruz, da morte transformada em vida, como o grão de trigo que se destrói na terra e se torna espiga. Também para nós, esta descoberta de Jesus é a grande alegria do “sim” de Deus, do restabelecimento do nosso destino. Mas como aqueles que – voltando da Babilônia, repletos de alegria – encontraram uma terra empobrecida, devastada, como também as dificuldades da semeadura fazem chorar os que não sabem se no final haverá colheita, assim também nós, depois da grande descoberta de Jesus Cristo – nossa vida, caminho e verdade –, entrando no terreno da fé, na “terra da fé”, encontramos frequentemente uma vida escura, dura, difícil, uma semeadura com lágrimas, mas seguros de que a luz de Cristo, no final, nos dá uma grande colheita. (Bento XVI).

Confira na integra a catequese de Bento XVI http://www.zenit.org/article-29044?l=portuguese


João Paulo Ribeiro, comunicação Viva Chama.

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