Diretor de comunicação do Patriarcado de Lisboa falou aos bispos no Rio de Janeiro
“A internet faz com que bilhões de imagens apareçam em milhões de écrans de computadores no planeta inteiro. Desta galáxia de imagens e sons emergirá o rosto de Cristo e ouvir-se-á a sua voz?”
Essa questão foi colocada pelo diretor do Secretariado Nacional das Comunicações do Patriarcado de Lisboa, padre António Rego, que nessa quarta-feira apresentou o tema “Pessoa digital: transformações antropológicas na sociedade da informação”, no I Seminário de Comunicação para os Bispos do Brasil (SECOBB), que acontece até este sábado no Rio de Janeiro.
Segundo o sacerdote, promover que se veja o rosto e ouça a voz de Cristo na internet favorecerá fazer deste espaço algo autenticamente humano, “porque se não houver lugar para Cristo não haverá lugar para o homem”, disse.
Durante sua conferência aos 62 bispos presentes no evento no Rio de Janeiro, padre António destacou que já o Concílio Vaticano II quis imprimir à comunicação um tom humano, o único que se enquadra na nossa dignidade e vocação.
Por isso o Concílio utilizou a expressão “meios de comunicação social”. Com o homem no centro. É o homem que se comunica, enfatizou.
O sacerdote recordou que Bento XVI, em 2010, afirmou que a tarefa de quem opera nas mídias, como consagrado, é aplainar a estrada para novos encontros.
É preciso assegurar sempre a qualidade do contato humano, e a atenção às pessoas e às suas verdadeiras necessidades espirituais, oferecendo às mesmas, nessa nova era digital, os sinais necessários para reconhecerem o Senhor, comentou.
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