Decálogo, significa dez palavras, é o nome dado ao conjunto de leis que Deus revelou a seu povo no monte sagrado, foram escritos por Deus em tábuas de pedra e entregues ao profeta Moisés.
Ele as escreveu "com seu dedo”, à diferença de outros preceitos escritos por Moisés, são palavras de Deus de modo eminente. Foram transmitidas no livro do Êxodo e no do Deuteronômio. Desde o Antigo Testamento, os livros sagrados se referem às "dez palavras". (Catecismo da Igreja Católica - 2056)
Segundo o catecismo da Igreja católica o Decálogo deve ser entendido num primeiro passo no contexto do êxodo, que é o grande acontecimento libertador de Deus no centro da Antiga Aliança. Formulados como mandamentos negativos (proibições), ou à maneira de mandamento positivos (como: "Honra teu pai e tua mãe"), as "dez palavras indicam as condições de uma vida liberta da escravidão e do pecado. O Decálogo é um caminho de vida, é o rumo que Deus nos dá com suas próprias palavras.
Apartir do momento em que amamos a Deus, acabamos seguindo com fidelidade os seus passos, os dez mandamentos nos direcionam a salvação.
Se amares teu Deus, se andares em seus caminhos, se observares seus mandamentos, suas leis e suas normas, viverás e te multiplicarás (Dt 30,16).
Os dez mandamentos resumem a aliança entre Deus e seu povo. O Pai com toda sua glória pronuncia a aliança. Mas é em Jesus Cristo na nova aliança, que será revelado seu sentido pleno. No novo testamento Jesus, o Filho, vem para renovar, e nos redime transformando os escravos em herdeiros do reino dos céus. Por sua prática e por sua pregação, Jesus atestou a perenidade do Decálogo. Ou seja são palavras de vida eterna!
"Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?" Ao jovem que lhe faz esta pergunta, Jesus responde primeiro invocando a necessidade de reconhecer a Deus como "o único bom", com o bem por excelência e como a fonte de todo bem. Depois, Jesus diz: "Se queres entrar para a Vida eterna, guarda os mandamentos":
"Não matarás, não adulterarás, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra pai e mãe". (Catecismo da Igreja Católica - 2052)
A lei não foi alterada, mas nós seres humanos somos convidados a reencontrá-la na pessoa de Jesus. Deus se fez carne e veio habitar entre nós, somos chamados a vivenciar a lei com obediência de discípulos que somos.
O Decálogo forma uma unidade orgânica, em que cada "palavra ou mandamento" remete a todo o conjunto. Transgredir um mandamento é infringir toda a Lei. (Catecismo da Igreja Católica 2079)
Jesus deixa claro a importância de vivermos com fidelidade a lei proposta por Deus, de uma maneira belíssima, finalmente, Ele resume estes mandamentos de maneira positiva:
"Qual é o maior mandamento da lei?" (Mt 22,36), Jesus responde: "Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: amarás o teu próximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas" (Mt 22,37-40).
Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Mt 19,16-19).
Os dez mandamentos pertencem à revelação de Deus, essas palavras ensinam-nos a verdadeira humanidade do homem. Iluminam os deveres essenciais e, portanto, indiretamente, os direitos humanos fundamentais, inerentes à natureza da pessoa humana. Os dez mandamentos contém uma expressão privilegiada da "lei natural".
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