Como conclusão dos Exercícios Espirituais de Quaresma
O Senhor nos torne humildes como São José: este foi o desejo que o Papa Bento XVI manifestou no passado sábado, na meditação com a qual concluiu, no Vaticano, os Exercícios Espirituais de Quaresma, junto a seus colaboradores da Cúria Romana. Iniciados em 13 de março e pregados pelo Pe. François-Marie Léthel, seu tema foi "A luz de Cristo no coração da Igreja. João Paulo II e a Teologia dos Santos".
Em seu discurso de agradecimento ao carmelita descalço, prelado secretário da Academia Pontifícia de Teologia, Bento XVI refletiu, no dia de seu aniversário, sobre a figura de São José, protetor da Sagrada Família e padroeiro da Igreja universal.
"Um santo humilde - recordou o Papa -, um trabalhador humilde, que foi considerado digno de ser guardião do Redentor. São Mateus define São José com uma palavra: ‘Era um justo'. 'Justo' é o homem que está imerso na Palavra de Deus, que vive na Palavra de Deus, que não vive a Lei como um ‘jugo', mas como ‘alegria'; vive, podemos dizer, a lei como 'Evangelho'."
São José, continuou o Santo Padre, "estava imerso na Palavra de Deus, escrita, transmitida na sabedoria de seu povo"; e assim "foi preparado e chamado para conhecer a Palavra encarnada".
"Nós nos confiamos à sua proteção, rezamos para nos ajude no nosso humilde serviço - concluiu. Vamos em frente com coragem, sob esta proteção. Agradecidos pelos santos humildes, rezemos ao Senhor para que nos torne humildes em nossos serviços e, dessa maneira, santos na companhia dos Santos."
Em uma carta de agradecimento ao Pe. Léthel, o Papa recordou o caminho espiritual inspirado no testemunho de João Paulo II, que será declarado beato em 1º de maio próximo, no domingo da oitava da Páscoa, festa da Divina Misericórdia.
Em particular, o Santo Padre sublinhou que as meditações quaresmais servem para aprofundar no encontro com "as figuras vivas de alguns santos e santas, como estrelas luminosas que giram em torno do Sol que é Cristo, Luz do mundo".
"Com esta abordagem - escreveu o Papa -, o senhor se ajustou muito bem ao programa catequético desenvolvido por mim ao longo destes anos nas audiências gerais, a fim de melhor conhecer melhor e amar a Igreja, como se vê na vida, nas obras e nos ensinamentos dos santos."
"Esta linha de reflexão e de contemplação do mistério de Cristo, refletido, de alguma forma, na existência de seus mais fiéis imitadores, é um elemento fundamental que herdei do Papa João Paulo II e que continuei com plena convicção e com grande alegria, observou.
"Este curso de Exercícios nos fez sentir a Igreja, mais do que nunca, como comunhão dos santos", concluiu o Pontífice.
CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 21 de março de 2011 (ZENIT.org)
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