Papa: Todos pertencem a uma só Família, Migrantes e Populações que os recebem - 26/10/2010 - 16:07

Foi apresentada esta manhã, na Sala de Imprensa da Santa Sé, a Mensagem do Papa para o 97º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado que se realizará em 16 de janeiro de 2011, sobre o tema "Uma só família humana".

A mensagem foi apresentada pelo Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, Dom Antonio Maria Vegliò, acompanhado pelo Subsecretário do organismo, Pe. Gabriele Bentoglio.

Bento XVI ressalta na mensagem que o "Dia Mundial do Migrante e do Refugiado oferece a oportunidade, a toda a Igreja, de refletir sobre o tema relacionado ao crescente fenômeno da migração, de rezar a fim de que os corações se abram ao acolhimento cristão e trabalhem para que cresçam no mundo a justiça e a caridade, colunas para a construção de uma paz autêntica e duradoura".

"Uma só família humana, uma só família de irmãos e irmãs em sociedades que se tornam cada vez mais multiétnicas e intraculturais, onde também as pessoas de várias religiões são estimuladas ao diálogo, para que se possa encontrar uma serena e frutuosa convivência no respeito das legítimas diferenças" – frisa Bento XVI.

O Papa ressalta que muitas pessoas enfrentam a difícil experiência da migração, em suas várias expressões: internas ou internacionais, permanentes ou periódicas, econômicas ou políticas, voluntárias ou forçadas. "Todos pertencem a uma só família, migrantes e populações locais que os recebem, e todos têm o mesmo direito de usufruir dos bens da terra, cujo destino é universal, como ensina a Doutrina Social da Igreja" – sublinha o Santo Padre.

Recordando o Papa Paulo VI, Bento XVI afirma que "a falta de fraternidade entre os homens e entre os povos" é causa profunda de subdesenvolvimento e incide sobre o fenômeno migratório.

O Papa João Paulo II, por ocasião do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, de 2001, "ressaltou que o bem comum universal abrange toda a família dos povos, acima de todo o egoísmo nacionalista. É neste contexto que se considera o direito de emigrar". A Igreja reconhece o direito a cada pessoa de sair de seu país e entrar num outro à procura de melhores condições de vida.

Bento XVI recorda os estudantes estrangeiros que também são uma realidade em crescimento no âmbito do fenômeno migratório. "Eles constituem pontes culturais e econômicas entre estes países e os que os recebem, e tudo isto se orienta para formar uma só família humana" – sublinha o Papa.

O Santo Padre encerra a mensagem convidando a não perder a esperança e a rezar juntos para que Deus "nos ajude a ser, cada um em primeira pessoa, homens e mulheres capazes de estabelecer relações fraternas" e para que nos campos social, político e institucional, aumentem a compreensão e a estima recíproca entre povos e culturas.

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